
Por Luiz Marinho
Assim como vacinas e remédios para o combate ao câncer, a geração de emprego e renda também não é prioridade para esse governo instalado no Planalto. Aliás, tudo que seja em defesa da vida a “família” que diz comandar o País é contra. Porque de armas, balas e mortes se alimentam. Assim como as milícias.
Motivados pelo desespero de ver sua popularidade – fundada em bravatas – se derreter e a pré-candidatura de Lula crescer, a família retoma sua relação com o centrão. Onde sempre esteve a vida toda e de onde, aliás, só saiu para viver a farsa do discurso eleitoreiro de 2018.
E para atender ainda mais aos seus velhos amigos recria o Ministério do Trabalho. Não para estimular a geração de emprego e renda. Mas para criar novas boquinhas para os seus aliados de sempre – na realidade só voltaram os cargos. Mais e mais cargos para seus apaniguados desse bloco de políticos.
É lamentável ver este Ministério – que foi corresponsável durante os governos do PT pela geração de mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada e por políticas de proteção a trabalhadores e trabalhadoras que fizeram o Brasil alcançar o pleno emprego – ser utilizado para agasalhar políticos e não para implementar políticas públicas sérias e comprometidas com trabalhadores e trabalhadoras como foi no tempo de Lula.
O desemprego e a miséria seguirão campeando Brasil afora. Porque essa gente instalada nos Palácios de Brasília não dá a mínima para o desespero de mães e pais de família que não conseguem dar a seus filhos as refeições diárias. Porque cenas como a que vimos esta semana de centenas de pessoas disputando a fila do osso em um supermercado no Centro-Oeste, uma das regiões mais ricas do País, não os tocam. Porque lhes falta empatia.
Mas essa realidade tem data para começar a acabar. E será em janeiro de 2023. Até lá temos que seguir firmes na denúncia e no combate aos desmandos dos fascistas e genocidas de plantão. E Junto construirmos as condições objetivas para virarmos essa triste página da nossa história.
Luiz Marinho foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT Nacional, ministro do Trabalho e da Previdência no governo Lula e prefeito de São Bernardo do Campo.