Luiz Marinho
Brasileiras e brasileiros de todo o País, uni-vos!
O desarranjo intestinal do governo Bolsonaro trará consequências ainda mais nefastas às nossas vidas. A batida em assalto às políticas sociais e aos cofres públicos serão a tônica. É esse o cenário indicado pela movimentação desse (des)governo na última segunda-feira, dia 29 de março.
Às vésperas de quando se completaram 57 anos do Golpe Militar que instalou a ditadura militar e que tanta violência trouxe ao Brasil, as mudanças no já desqualificado ministério, deixaram transparecer de pronto apenas uma parte do que realmente significa. É somente a ponta do iceberg onde podemos colidir e naufragar por anos em busca da recuperação.
O que se iniciou com essas mudanças representa a instalação do vale-tudo para se manterem no poder em nome de um projeto de família, de proteger delinquentes consanguíneos. Não, não me refiro ao fato de representantes desses que acampam no Planalto estimularem a violência de representantes de forças de segurança. Nem tampouco sobre a possível compra de uma rede de televisão por empresários que financiaram Cunha e sua turma no golpe em 2016. Compra que contaria com o patrocínio e o acordo de membros do governo. Entre eles, o próprio.
Falo das consequências que essa disenteria trará para a vida de trabalhadores e trabalhadoras. Em especial, aqueles e aquelas de mais baixa renda. O desemprego seguirá crescendo e a renda caindo. A concentração se fará ainda maior e mais feroz. A ausência de investimentos em políticas sociais e compensatórias será a marca.
Para contermos esse avanço nos resta apenas uma alternativa. As ruas. Precisamos nos organizar desde já, para assim que for possível – quando a população estiver vacinada, ocuparmos todos os espaços para fazer serem ouvidas nossas vozes e para construirmos um caminho à esquerda, comprometido com a maioria da população. Esse será o remédio que aplicaremos nesse projeto entreguista e destruidor de País que eles representam.
Luiz Marinho é Presidente do PT/SP, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT, ministro do Trabalho e da Previdência no governo Lula e prefeito de São Bernardo do Campo