Juntos e misturados ou separados? Ruim igual

Luiz Marinho

As eleições de 2018 culminou com o ápice do maior crime jurídico já cometido contra o estado democrático de direito em nosso País. A negação ao direito de Lula de concorrer a Presidente da República, patrocinado pela Farsa Jato e por seus aliados no sistema judiciário, policial, econômico e na comunicação, entregou ao Brasil um cavalo de Tróia como presidente.
 
Destruição da nossa economia, desemprego em massa, milhões de brasileiros que haviam chegado à classe média jogados de volta à miséria, a fome campeando, falta de apego às vidas humanas, abandono. Esse é o quadro, que, em menos de três anos, o escolhido pela elite brasileira para representá-la construiu comandando (ou não) o Governo Federal.
 
Nada do que foi dito durante a campanha foi entregue. O discurso de combate à corrupção, como sempre falamos, era apenas para conquistar votos e dar sequência ao processo midiático de criminalização da política e, em especial, do PT. Criminalização que agora está provado foi instalada dentro da Farsa Jato, com Moro e seus miquinhos amestrados, fazendo jogatina para atacar a democracia e acabar com o futuro do Brasil.
 
Além da compra da mansão em Brasília pelo seu filho, muito mal explicada, e das rachadinhas nos gabinetes parlamentares da família, o governo Bolsonaro acumula inquéritos. O próprio Bolsonaro responde aos seus. E nada, nada foi entregue à população brasileira nesses quase três anos de (des)governo. Ou você que lê este artigo é capaz de citar uma, pelo menos uma, realização do fascista genocida?
 
E o mesmo vale para o Estado de São Paulo. O que o aliado de Bolsonaro está fazendo com o nosso Estado? As promessas de campanha onde foram parar? Na campanha alertamos que eram fakes, oportunistas e vazias. Doria está acabando com a nossa economia e com os empregos, empresas fechando ou deixando o Estado. O enfrentamento à pandemia sendo feito de forma errática. Sua soberba e arrogância não lhe permitiram dialogar com a sociedade paulista para fazer o que deveria ser feito, da forma que deveria e no momento certo. Ele errou. E hoje estamos pagando. Perdemos, na economia e na saúde, perdemos para o vírus.
 
E agora, três anos após se beneficiarem da aliança bolsodoria, que mexeu com o bolso dos brasileiros, tirou comida das suas mesas e colocou verdadeiras úlceras nos governos federal e estadual em São Paulo, querem se apresentar como adversários. Não, vocês são farinhas do mesmo saco. Representam o mesmo discurso, com um pouco mais ou menos de verniz, mas o mesmo discurso excludente, racista, misógino, machista e elitista. Bolsodorias, juntos ou separados, não passarão.


 
Luiz Marinho é bacharel em direito, presidente do PT/SP, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT, ministro do Trabalho e da Previdência no governo Lula e prefeito de São Bernardo do Campo

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