Bancos e ricos acima de todos

Nunca antes na história deste país, a economia nas pequenas cidades brasileiras cresceu tanto quanto nos governos do presidente Lula. E muita gente viu, em programas como o Bolsa Família, o grande impulsionador desse movimento. Porém, com a experiência de quem esteve dentro do governo, não temo afirmar que o principal responsável por girar a economia desses municípios no período foi a política de valorização do salário mínimo, criada em 2007.
A política de correção permanente do salário mínimo, uma briga histórica dos trabalhadores e que uniu todas as centrais sindicais, garantia a correção do salário acima da inflação, mantendo o poder de compra detrabalhadores, aposentados e pensionistas. Aliás, lembro que, quando fui convidado para assumir o Ministério do Trabalho pelo presidente Lula, coloquei como principal condição a autorização de brigar com a área econômica e implantar a correção do mínimo acima da inflação.
Foi uma briga dura, mas que, com o apoio de todo o movimento sindical, conseguimos implantar as medidas. E foi justamente isso que fez a diferença nas pequenas cidades do país.
Mas como esse governo que está aí só quer saber de agradar aos ricos e banqueiros, já no começo do ano havia desistido de fazer a correção do mínimo acima da inflação. E a cereja no bolo desse saco de maldades da dupla Bolsonaro-Paulo Guedes foi o lançamento da medida proibindo o aumento real do salário mínimo acima da inflação. Lamentável, mas nada surpreendente, já que, nesses 11 meses de governo, Bolsonaro temescolhido pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas como seu alvo preferido de maldades. O  lema desse governo, de fato, deveria ser ricos e banqueiros acima de tudo e de todos.

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