Sobre tiros e alvos

Inaceitável. Essa é a palavra que todas as pessoas verdadeiramente de bem deste país devem repetir até a exaustão em relação à realidade construída nas comunidades da capital fluminense pelo governador do Rio de Janeiro. Esse cidadão, que usa o nome de Cristo em vão, estimula a morte de inocentes por parte do Estado comandado por ele.
Jeniffer Cilene Gomes (11 anos), Kauan Peixoto (12 anos), Kauan Rosário (11 anos), Kauê Ribeiro dos Santos (12 anos) e Ágatha Félix (8 anos) –crianças que, em 2019, foram alvo do (des)comando pirotécnico de um irresponsável megalomaníaco que sonha ser presidente da República. Ele não mede esforços em suas cenas de Rambo, mesmo que, para isso, tenha que assassinar inocentes crianças, filhas de trabalhadores e trabalhadoras cariocas.
Até quando os fins desejados por um político imbecil vão seguir matando inocentes e até quando a nossa sociedade seguirá assistindo a isso passivamente? Até quando o Ministério Público ficará de braços cruzados e nada fará para dar um basta a esses absurdos? Esse mesmo Ministério Público nada faz nesse caso, mas atua com agilidade para cancelar exposições de arte e suspender a venda de livros.
Parlamentares do Rio de Janeiro já denunciaram o governador à ONU, mas é pouco. Todas as comissões de Direitos Humanos da OAB e dos parlamentos estaduais e federal, todas as Câmaras de Vereadores em todos os municípios brasileiros devem adotar as medidas que seus regimentos possibilitem para combater essa realidade.
E falo isso porque tenho claro que esse não é um problema do Estado do Rio de Janeiro. É um problema de nossa sociedade. Exemplos que devem ser rechaçados por todos. Porque, para se instalar um sistema fascista, basta um homem. O nazismo alemão é prova disso.

Deixe uma resposta