A narrativa histórica da retirada de Dilma e do PT do governo do Brasil voltou ao leito do rio. O impeachment de Dilma foi GOLPE. Nós nunca duvidamos disso, mas, com base na entrevista do ex-vice presidente Michel Temer ao Roda Viva, não resta dúvida a mais ninguém. Quem não a assistiu pode acessar este link Michel Temer no Roda Viva e ver que, em poucos segundos, Temer se refere àquele processo em duas oportunidades como um GOLPE.
Para além dos livros de história serem revistos, essa confissão do principal beneficiário do GOLPE deveria determinar que todos os atos decorrentes do impeachment não tenham mais valor, pois, como um GOLPE, fica evidente que feriu de morte o Estado democrático de direito ao violar inúmeros preceitos constitucionais.
As legislações aprovadas pelo Congresso sob o comando do governo golpista, liderado pelo consórcio MDB/PSDB, não podem ficar em pé, como exemplo, podemos citar as mudanças na legislação trabalhista. Todas essas medidas foram fruto de um crime. Um grande crime.
E não fiquemos surpresos se, daqui a pouco, descobrirmos que quem redigiu aquela farsa de parecer pedindo o impeachment não foi a hoje deputada estadual por São Paulo, mas sim algum membro do Ministério Público.
Os historiadores em breve vão chegar à conclusão de que esse GOLPE de 2014, assim como o GOLPE de 2018, teve sua gênese na mesma turma de Curitiba, que hoje chafurda na mesma pocilga de fascistas e milicianos.